Completei 31 anos, dia 02 de abril.
Quando faço aniversário sempre bate aquela nostalgia, o que foi bom, o que não saiu como planejado e a oportunidade de fazer com a "nova idade" tudo diferente.
A comemoração desse ano foi bem discreta perto da festa fantasia que dei o ano passado para completar os 30.
Se me perguntarem se quando pequena, nos meus sonhos e pesadelos, era assim que eu imaginava que estaria aos 31 anos diria que NÃO!
Não imaginava que aos 31 anos seria tão bem sucedida e realizada profissionalmente e que minha vida amorosa seria um fiasco.
Na minha imaginação aos 31 anos eu já estaria bem casada e com meus 3 filhinhos.
Mas também não fazia ideia que com essa idade já teria viajado pelo mundo, conhecido a neve e a Europa (pausa para os suspiros de saudades de Paris).
Fiz amigos inesquecíveis, inclusive através de blogs, e eles se tornaram reais, viva!
Amei intensamente e enlouquecidamente.
Chorei, ri, já achei que iria morrer de saudades e de amor.
Sofri com a ausência.
Me apaixonei intensamente e me desapaixonei em uma velocidade impressionante.
Sai da casa dos meus pais, voltei porque descobri que não existia melhor lugar para se estar.
Descobri que a família sempre será meu porto seguro e serão os que permanecerão do meu lado mesmo quando cometo erros grandes que julgo ser imperdoáveis.
Fui ciumenta, controladora e aprendi que meu umbigo não é o centro do mundo.
Exclui pessoas do msn, facebook, orkut, fingi que não ouvi o telefone tocar, fingi que a ligação caiu, fingi estar dormindo.
Mas também já passei noites pendurada no telefone já que a distância era gigante.
Aprendi que é fácil pedir perdão, difícil é perdoar.
Ainda preciso aprender a esquecer, deixar pra lá, não ficar remoendo certas lembranças.
Seguir em frente é complicado as vezes pra mim, sou nostálgica.
Tenho feridas de estimição. Tenho um amor (ou algo parecido com isso) eterno.
Tenho riso fácil.
E confesso: sou vingativa!
Nesses 31 anos, cheias de erros, de acertos, de vitórias, derrotas, com a solidão sempre me acompanhando essa fui eu: menina, mulher, chorona, guerreira, meio chata, mas feliz muito feliz.
Esse é meu mundo e parabéns para mim!
Trinta e um anos e tanto para aprender, tanto para se viver, tanto para se descobrir...
E na maioria das vezes nestes 31 anos fui simplesmente eu .. assim sem graça, sem charme, sem beleza exótica às vezes melancólica mas feliz.. dentro de um contexto que só eu sei avaliar
